Com uma grande variedade eventos, o Parque Cultural Vila de São Vicente presenteia o público com apresentações artístisticas que valorizam a história da região.
Com o apoio do Parque Cultural Vila de São Vicente, O Teatro Canoa, nascido de uma oficina experimental no Teatro José de Anchieta, está montando a peça "Atro Coração" de Márcio Barreto.
"Muito se tem feito em teatro no litoral paulista, montagens, pesquisas, festivais. Mas até que ponto esse trabalho todo expressa nossa identidade? Sabemos, ao menos, qual é nossa identidade cultural e por que é tão importante expressá-la? Ou por que é tão enraizada em nós a crença de que o que vem de fora é melhor? Conscientes dessas reflexões procuramos formar um teatro de base que expresse nossa ancestralidade e a misture à nossa contemporaneidade, que reflita o caráter universal de nossa regionalidade. Nosso intuito é formar as bases para uma vanguarda teatral que reflita um mundo infinito, pessoal, que veja o homem não apenas pelo que aparenta, mas que o mostre por dentro de seus pensamentos e emoções, interligado à tecnologia de ponta e continuado a partir de um eu primitivo. Estamos empenhados em um teatro que valorize mais as perguntas do que as respostas. Um teatro que una a filosofia à música, a fotografia à literatura, a emoção do ator ao questionamento da platéia. Um teatro que possibilite o cinema pular das telas e descer ao palco.
Assim, entrelaçando diferentes linguagens artísticas, a montagem possibilita com que os limites entre palco e platéia ganhem novas dimensões, onde o público passa a perceber a peça pelo interior das personagens.
Cada elemento do presente trabalho tem uma ou mais linhas de interpretação.
Na dramaturgia o texto está divido em dois planos distintos: o real e o mítico. O plano real é o texto em si, onde as ações acontecem e as personagens interagem. O plano mítico pode ser observado nos momentos que refletem as alucinações e os sonhos, alguns deles representados nas cenas do balcão de Romeu e Julieta. Eles aludem ao plano mítico da história onde Lilith, após ser expulsa do paraíso, apaixona-se pelo anjo Gabriel e começa a seduzi-lo em sonhos. Como punição, Deus os lança à terra em forma humana. Sem a memória de suas vidas passadas, vagueiam pelos dias atuais até se encontrarem; enquanto Lilith permanece no mais completo desprezo, Gabriel se apaixona imediata e perdidamente. O amor o enlouquece até que leva adiante seu derradeiro plano: seqüestrar o objeto de seu amor. Assim, temos o texto em si e uma espécie de ante-texto. O primeiro liga-nos ao real, ao consciente, e o segundo nos remete ao mítico, ao inconsciente.
Na interpretação procuramos criar uma divisão entre o plano real da peça e seu plano mítico através de linhas diferenciadas de atuação. No plano real procuramos atuar numa linha de naturalidade, com gestos pequenos, próxima à linha de interpretação dos atores no cinema. Através de câmeras ao vivo capturamos as expressões faciais dos atores e as projetamos em uma tela no fundo do palco, possibilitando ao público a análise detalhada das emoções e intenções dos atores. Nas cenas que representam o plano mítico optamos por uma linha exageradamente teatral, com gestos amplos e profundos, carregados de dramaticidade. Acreditamos que o trabalho do ator é expressar através do que ele é o que suas personagens são, como um instrumento que o músico utiliza para expressar sua música. Dessa maneira, o distanciamento ganha nova interpretação, pois o ator não é a personagem que representa, porém deve trazer de sua memória, inteligência e sensibilidade os dados para lhe conferir verdade suficiente para que o público também a sinta.
A fotografia e o vídeo serão utilizados para mostrar as cenas que ocorreram e não constam na peça, bem como o cenário de cenas contextualizadas no presente e os pensamentos, as memórias e as emoções das personagens. Procura-se provocar uma imersão nas imagens que ora pulam da tela ao palco através dos atores, ora levam ao público as imagens mais profundas do “eu” das personagens.
Do circo trazemos o trapézio e o tecido para ilustrar o mundo dos sonhos que remetem à vida passada das personagens.
A música é responsável pela ambiência da peça, ora sendo executada ao vivo por músicos, ora pelas mãos do personagem Gabriel e ora em gravações.
Nossa intenção ao misturar diferentes linguagens artísticas é provocar um fazer teatral sinestésico e reflexivo."
"Refletir sobre o amor é uma tarefa tão necessária quanto difícil. Necessária pois nos parece que cada átomo de nossas vidas anseia pelo amor, pelo encontro de almas e corpos, sonhos. Difícil porque amar é algo que nos revira o âmago e mostra-nos quem verdadeiramente somos.
Mas o que é o amor? Um ideal, um instinto, uma ligação, um karma, uma reação química? Companheirismo, desejo, cumplicidade? Solidão?
Não importa o que é o amor, o importante é o que fazemos com ele, quais caminhos seguimos e onde eles nos levam."
Comemorando do Dia do Surfista, o Parque Cultural Vila de São Vicente reuniu a nata do surfe local, mostrando a importâncial cultural do esporte para a região. Com exposições de pranchas e apresentações de bandas o evento atraiu um grande número de pessoas interessadas em celebrar esse dia especial. Segundo Alexandre Ribeiro, administrador da Vila e organizador do evento "valorizar nossa identidade cultural através do esporte é um ponto fundamental para a cidadania".
“Teatro Canoa” é um projeto experimental de teatro de rua e música livre. Fundamenta-se no estímulo da criatividade individual e de grupo através do manejo dos conhecimentos oferecidos e do trabalho de pesquisa da cultura brasileira, abrindo espaço para a discussão filosófica sobre nossa identidade cultural.
Visa a valorização do indivíduo através da arte e de sua identidade cultural, oferecendo subsídios para que a criatividade fortaleça a cidadania.
O projeto fundamenta-se na criação de ferramentas culturais que possibilitam a produção autoral, fomentando a pluralidade artística.
Dando continuidade aos eventos de resgate e celebração da cultura caiçara, o Instituto Ocanoa, Projeto Canoa e Parque Cultural Vila de São Vicente, promoveram em 26 de outubro o 2º Encontro de Cultura Caiçara, com a organização de Rogério Ramos e Márcio Barreto e a curadoria de Galeno Malffati.
Este evento ocorreu no Parque Cultural Vila de São Vicente e contou com a participação de vários artistas da região que mostraram seus trabalhos em música, artes plásticas, dança, fotografia, vídeo e cinema, ressaltando a relação entre tradição e contemporaneidade caiçara.
A abertura oficial ocorreu as 11 horas com exposições fotográficas de Bigga Appes e Márcio Barreto, Galeno Malffati com a "Inimaginável Arte do Equilíbrio" (arte conceitual e escultura) e os óleos sobre tela e vinil de Anna Fecker.
Fotografias: Bigga Appes - foto: Anna Fecker
Fotografias: Márcio Barreto - foto: Anna Fecker
Galeno Malffati - foto: Anna Fecker
Óleo sobre tela: Anna Fecker - foto: Anna Fecker
No Cine 3D, Parque Ipupiara, foram exibidos vídeos sobre a cultura caiçara das alunas de turismo Bruna Galdino e Michele Uema e o pré lançamento do filme "Totem", cinema experimental com produção local.
As 14 horas houve a apresentação do grupo de dança "Estrela do Oriente" e as 15 o grupo de teatro Academia de Artes apresentou a peça "O Dom do Divino".
Academia de Artes: O Dom do Divino - foto: Anna Fecker
Em seguida Zéllus Machado apresentou suas músicas e histórias caiçaras. Percutindo Mundos apresentou a música contemporânea caiçara através de seus instrumentos criados a partir de objetos cotidianos e elementos da natureza, aliando poesia e filosofia em suas composições.
Zéllus Machado - foto: Anna Fecker
Pecutindo Mundos - foto: Anna Fecker
Aconteceu as 18 horas a oficina de danças circulares indígenas, ministrada pela professora Nina. Logo após foram debatidas com o público questões sobre identidade caiçara. O encerramento ocorreu com sarau lítero-musical.
Com o objetivo de reunir os expoentes da cultura caiçara e dando sequência aos encontros, será realizado em Paraty, Rio de Janeiro, em 21 de novembro, o projeto "Iti nerâncias - 1º Encontro de Cultura Caiçara p Paraty/São Vicente", uma iniciativa do Instituto Ocanoa, Ciranda Elétrica de Paraty, Projeto Canoa, Oficina Regional Pagu e Secretaria de Cultura de São Vicente.
O Parque Cultural Vila de São Vicente foi inaugurado no dia 19 de julho de 2001, localizado na praça João Pessoa, em frente à Igreja Matriz, no Centro da Cidade. O Parque reproduz imagens históricas, usos e costumes da Primeira Vila do Brasil, por meio de instrumentos como teatro, museu da Encenação de São Vicente e Pelourinho, entre outros. O projeto arquitetônico foi inspirado nas construções do século XVI. As telhas do local vieram das antigas fazendas demolidas da Cidade de Araxá, em Minas Gerais, moldadas nas coxas dos escravos. O piso é feito de concreto estampado com desenho inspirado nas cidades históricas de Minas Gerais.
Teatro José Anchieta
O teatro José de Anchieta é um espaço para apresentações artísitcas e oficinas culturais. O local é uma homenagem ao jesuíta José de Anchieta, pioneiro da dramaturgia brasileira.
Viagem ao Século XVI
Oferecendo uma viagem ao século XVI, o Parque mostra o cotidiano colonial por meio de vários espaços culturais, onde se encontram um acervo fotográfico, jornalístico e cenográfico da Encenação da Fundação Vila de São Vicente.
Outras Atrações
O Parque também possui lojas de artesanatos e doçaria, onde são servidos doces portugueses e brasileiros. Também podemos encontrar personagens caracterizados que nos remetem àquela época. Um passeio imperdível!
O Parque Cultural Vila de São Vicente foi inaugurado no dia 19 de julho de 2001, localizado na praça João Pessoa, em frente à Igreja Matriz, no Centro da Cidade. O Parque reproduz imagens históricas, usos e costumes da Primeira Vila do Brasil, por meio de instrumentos como teatro de bonecos, museu da Encenação de São Vicente e Pelourinho, entre outros. O projeto arquitetônico foi inspirado nas construções do século XVI. As telhas do local vieram das antigas fazendas demolidas da Cidade de Araxá, em Minas Gerais, moldadas nas coxas dos escravos. O piso é feito de concreto estampado com desenho inspirado nas cidades históricas de Minas Gerais.
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